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Prevenir e Remediar

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Como gerir os recursos da empresa que sustentam o negócio no contexto atual, tendo em conta o passado e respetivos eventos da economia, com vista a um futuro sustentado, rentável e enquadrado no mercado, com uma posição de segurança?

Claramente, o controlo do risco só se poderá assegurar mediante um forte trabalho prévio de planeamento e controlo constante, análise e acompanhamento. Ainda assim, estamos sempre em presença do fator risco, elemento este a que os gestores, no seu trabalho diário enfrentam constantemente com coragem.

 

Perante esse risco, claramente existem as conhecidas medidas de salvaguarda, que se podem instituir a nível de prevenção, como sejam as financeiras ou de HST, mas a Liderança, Inovação e criatividade, a visão e as parcerias e alianças e a maturidade, não menos importantes, como veremos adiante.

Analisada a importância do estudo da liderança e feita uma breve revisão sobre os diferentes estudos relativos à liderança, também através da história, poderemos compreender melhor a situação atual. Trataremos o estilo de liderança mais aceite hoje em dia nas empresas de sucesso, a liderança situacional (historicamente após a evolução das ditas liderança Carismática, Tradicional e Racional-burocrática, baseada nas 7 principais teorias de gestão e liderança, mas isso ficará para outros momentos), e a sua aplicabilidade perante grupos, colaboradores e reuniões de trabalho, considerando a personalidade do líder ou dirigente.

Desde o início da nossa vida, estamos sujeitos a líderes que são os nossos pais. Desde cedo começamos a elaborar o nosso conceito de liderança, pois, a relação entre pais e filhos orienta para sempre as nossas vidas: incute valores, estilos e estratégias, impulsiona a atividade e coloca limites na conduta.

Voltamos ao planeamento e aos planos de contingência, ou de riscos que permite a continuidade dos negócios, ou a recuperação de desastres, visa descrever as medidas a serem tomadas por uma empresa, incluindo a ativação de processos manuais, de modo a que processos vitais voltem a funcionar plenamente, ou num estado minimamente aceitável o mais rápido possível, evitando assim uma paralisação prolongada que possa gerar maiores prejuízos à organização, em que os objetivos geralmente são:

▪ Garantir totalmente o serviço aos Clientes;

▪ Mitigar eventuais riscos para a saúde de todos os Colaboradores, Clientes, Parceiros e para a Comunidade em geral.

Com medidas para a segurança de todos, tais como:

▪ Prevenção Higiénica;

▪ Dispersão das Equipas por diferentes localizações com recurso a trabalho remoto;

▪ Redução de Viagens e adiamento de Eventos públicos;

▪ Utilização de meios digitais para comunicação e suporte técnico;

▪ Protocolo de Quarentena em situações de contágio.

No entanto, é a forma como cumprimos os procedimentos implementados e as medidas projetadas a nível de planeamento, que garante o sucesso da prevenção e proteção dos riscos. Uns mais desafiantes que outros.

Vejamos, um dos elementos que compõem o risco, e lhe atribui perigosidade, é ser inesperado, o tempo é por isso crucial. O tempo de Ação e de Implementação e de Decisão.

 

É inevitável a incredibilidade ao assistirmos a este turn-over, ou revesso no rumo da nossa economia. Do país, das empresas e das famílias.

Mas para além de prevenir, é possível protegermos a empresa, o negócio e as pessoas numa realidade de perigo eminente ou ameaça, causada por uma situação inesperada?

É capaz de gerir eficientemente e manter a empresa/negócio a funcionar com restrições ou menos recursos, ou com volume de matérias-primas realmente diminuídos, um sistema de distribuição alterado e estrutura de vendas diminuída, numa realidade de mercado ainda pouco conhecida?

Se houve visão a nível de planeamento, preparação /teste de esforço, ou a empresa não se encontrar numa situação frágil de negócio ou pouco instalada no mercado, será mais fácil ajustarmo-nos à realidade. Mas a experiência assim como as competências que tem em casa, funcionam aqui como um forte Ativo. Ainda assim, algo tem definitivamente que mudar, e geralmente, a nível de 3 fatores fundamentais, por esta ordem: Pessoas, Processos, Produtos/Serviços.

Pensemos no nosso mercado e em algumas questões como, quem são os fornecedores e como estão a operar, como chegamos aos clientes, o produto tem serviços associados, como se prestam? Há que ajustar procedimentos, alterar processos, reequacionar aptidões, gerir atitudes e desempenhos.

Como referimos antes, prevenir para não remediar depois, passa por planear bem e prevenir os riscos antes da gestão dos danos e da crise, onde a exigência é maior e o fator tempo é crucial.

Posto isto, impera reagir de acordo com os fundamentos da Liderança; definir uma estratégia para preparar recursos para apoiar no momento, elaborar, ajustar e promover processos de trabalho com e por meio de Pessoas, que permitam gerar valor económico, produzir, pelo menos, parcialmente, a força requerida para a sua própria continuidade, e agir conscientemente e de forma responsável perante as suas Pessoas e a sociedade.

Apoie-se, una-se aos seus pares, informe-se na sua especialidade e sobre o sistema económico. Foque-se nas soluções, procure parcerias, apoios institucionais caso necessário e tome uma postura responsável para minimizar riscos e reduzir impacto, passando confiança e unindo esforços dentro daquilo que é possível, numa realidade mais difícil e perante situações mais exigentes.

A direção de uma empresa, não parte apenas do trabalho de um líder ou de um colaborador, mas também do trabalho de grupos, equipas e níveis hierárquicos.

A nível interno, no contexto de emergência que se apresenta, faça a gestão das expectativas, esteja atento, informe menos e comunique mais e de forma empática e transparente, motive para formas de produzir mais com menos, para a capacidade de criar, para a inovação para a mudança de hábitos, para o uso de outras ferramentas, teste novos métodos e formas de trabalho, lidere para a união e cooperação, e seja consciente, figura-símbolo, executivo, laço de união, monitor, difusor, porta-voz, impulsionador, gestor de problemas, organizador e negociador. Mantenha-se aberto, humano e flexível.

«Pagarei mais a quem souber lidar com pessoas do que por qualquer outra aptidão humana», John D. Rockefeller

Faça uma gestão mais colaborativa com os seus, em que todos devem fazer a sua parte para ultrapassar os desafios, delegue apenas qb, procure influenciar e ter impacto no comportamento das suas pessoas. Ao fim e ao cabo, são as Pessoas que implementam as mudanças. Confie na maturidade da equipa para responder à pressão e às novas necessidades impostas pelo momento.

A Liderança é hoje, mais do que nunca, fundamental e simultaneamente, um desafio.

Entenda o contexto, identifique problemas, analise soluções, foque-se no que realmente importa, anteveja a Oportunidade, desenvolva um plano de ação e avalie o progresso, preveja as reações das pessoas, invista e procure outros benefícios, coordene ações, use a sua influência formal e informal, negocie e controle as atividades que permitem alcançar os objetivos, crie Impacto com foco no Futuro e na retoma da normalidade.

É tudo uma questão de tempo. Coragem, Força e Confiança.